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sexta-feira, 18 de março de 2011

Japoneses fazem minuto de silêncio

Número de mortos se aproxima ao do terremoto de Kobe, o pior da história do país



No exato momento em que o terremoto que assolou o Japão completou uma semana, às 14h46 em hora local - 2h46 da madrugada de sexta-feira (18) no Brasil, japoneses em todo o país prestaram seu respeito às vitimas da tragédia fazendo um minuto de silêncio.
Na prefeitura de Miyagi, região mais atingida pelo tremor e pelo tsunami, funcionários e socorristas abaixaram suas cabeças em silêncio pelos mortos. Nos locais de busca, em meio aos escombros, bombeiros também prestaram suas homenagens.
O mesmo fizeram os senadores japoneses, que realizaram nesta sexta-feira sua primeira sessão depois do terremoto.
Segundo a última contagem da polícia japonesa, 6.405 pessoas morreram na tragédia. Nas últimas 36 horas,  houve um aumento de quase 2.000 vítimas.
Os valores chegam muito próximos aos do terremoto de Kobe, considerado o pior da história do Japão, quando 6.434 pessoas perderam a vida.
Como em seis Províncias 10.259 pessoas continuam desaparecidas, é muito provável que na tragédia atual o número total de mortos ultrapasse os 15.000, tornando-se o pior desatre da história do país.
Cerca de 90 mil militares japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, ainda vasculham a zona devastada na busca por sobreviventes presos sob escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de 10 m de altura.

As equipes de resgate lutam contra as constantes réplicas, o intenso frio ao norte da ilha de Honshu e a enorme destruição deixada pelo terremoto.

Quase 80 mil edifícios e casas foram destruídos e mais de meio milhão de pessoas estão nos cerca de 2.500 abrigos temporários, muitos dos quais não têm água potável e eletricidade. Mas, aos poucos, as autoridades tentam reestabelecer a ordem nas cidades atingidas.
Segundo a polícia, 296 focos de incêndio foram dizimados e 1.232 pontos nas estradas do país apresentaram problemas.

 governo japonês informou nesta quinta-feira (17) que resgatou 26 mil pessoas com vida. 


Radiação diminui, mas usina nuclear preocupa 
Um dos grandes desafios do Japão, além da reconstrução das cidades, é impedir o vazamento de radiação das usinas de Fukushima, atingidas pelo tremor.
A radiação em torno do reator 4 da central de Fukushima 1 começou a baixar. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (18) no país, ainda noite de quinta-feira (17) em Brasília, pela Agência de Segurança Industrial e Nuclear.
Segundo a autoridade nuclear, citada pela agência de notícias Kyodo, a radiação a um quilômetro da central caiu de 292,2 microsievert (unidade de medida de radiação) para 279,4 microsievert. A medição foi feita na manhã desta sexta-feira.
Ainda não se sabe se a queda no nível de radioatividade tem relação com a operação de resfriamento feita pelos técnicos japoneses, que chegaram a jogar água de helicóptero sobre o reator 4, o último a dar problema.
O objetivo da operação é impedir o derretimento das barras de combustível nuclear armazenadas no reservatório. Se danificadas, elas podem liberar muita radioatividade na atmosfera, segundo nota divulgada pela AIEA.

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