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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sócio de Eunício sustenta que senador não administra mais suas empresas

Por: Roberta Farias
O senador Eunício Oliveira foi alvo neste domingo (3) de uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Na matéria, a informação de que uma das empresas de Eunício, a Manchester faturou R$ 57 milhões da Petrobrás em contratos sem licitação. Eunício Oliveira não se manifestou sobre o fato alegando estar afastado da direção de suas empresas desde que assumiu o mandato de deputado federal em 1998.
Segundo o sócio do senador Eunício Oliveira, Nelson Neves, os contratos firmados entre a Manchester e a Petrobras são legais e não tiveram nenhuma influência política do senador cearense que é hoje presidente da Comissão Constituição e Justiça do Senado Federal(CCJ).
A Petrobras também se manifestou sobre a reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Declarou que a contratação da empresa Manchester se deu enquanto finda processos licitatórios que estão em andamento. E também descartou qualquer irregularidade na contratação da empresa Manchester.
Leia mais sobre esse assunto em matéria do jornal O Estado de São Paulo:

Contratos são legais e não têm influência de Eunício, diz sócio
Senador afirmou não acompanhar a gestão da Manchester; para Neves, prorrogação representa ‘continuidade’ de serviços
Leandro Colon/ BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Procurado pelo Estado, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) não quis comentar as relações da Manchester Serviços Ltda. com a Petrobrás. Ele alegou que está afastado da administração e pediu à reportagem que conversasse com seu sócio na empresa, Nelson Ribeiro Neves.
O sócio de Eunício afirmou que o fato de um senador e dirigente do PMDB ser sócio da empresa não influencia nos contratos com a Petrobrás. "O senador é sócio, tem cotas, mas não participa da empresa", afirmou. Neves disse que não há qualquer "ilegalidade" nas relações entre a Manchester e a estatal. "Tudo foi feito dentro da lei."
Neves argumentou que os contratos de 2010 e 2011 são fruto de "continuidade" de serviços fechados há anos, via licitações. "A dispensa de licitação é prorrogação", afirmou.
A versão do empresário contradiz a da Petrobrás. A estatal nega ter havido prorrogação e diz que recorreu à Manchester para fazer novos contratos enquanto não se conclui o processo licitatório.
O diretor da Manchester disse que cabe à Petrobrás explicar por que os contratos são feitos com duração de dois a três meses. Neves afirmou que sua empresa tem ligação antiga com a estatal, sem conotação política.
Sobre o contrato de R$ 21,9 milhões fechado em abril, por dois meses, Neves informou que são serviços "díspares" em relação aos demais contratos, que têm valores menores.

Petrobrás alega atraso em licitação ao manter serviço
Leandro Colon - O Estado de S.Paulo
Por meio de sua assessoria, a Petrobrás informou que recorreu à Manchester Serviços Ltda. porque era um "caso de emergência", pois o processo licitatório referente aos serviços prestados por ela ainda não foi concluído.
A Petrobrás alegou que, também por esse motivo, os prazos dos contratos com a empresa do senador Eunício Oliveira têm sido curtos. "Os contratos têm prazos curtos porque estimava-se concluir a nova licitação em curto espaço de tempo, o que não ocorreu. Os valores variam de acordo com o prazo", disse.
A empresa Manchester, segundo a Petrobrás, já prestava serviços obtidos por meio de uma concorrência. "Em decorrência de problemas em processo licitatório, foi necessário contratar a empresa Manchester, prestadora de serviço que havia vencido a licitação anterior, até que fosse concluído o novo processo licitatório."
Para justificar a contratação sem licitação, a estatal baseia-se no decreto 2.745, que trata de suas contratações. "A licitação poderá ser dispensada nos casos de emergência, quando caracterizada a urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens."
Sobre o contrato de R$ 21,9 milhões, a estatal respondeu: "O contrato de maior valor ocorreu quando houve necessidade de realizar diligências com as empresas proponentes da nova licitação". Questionada sobre quantos contratos fechou com a Manchester antes de 2010, a estatal recusou-se a informar. Disse apenas que "a empresa Manchester é fornecedora da Petrobrás há muitos anos, tendo participado de diversos processos licitatórios".

fonte:cearaagora.com.br

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