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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Potencial de consumo do cearense vai a R$ 69,3 bilhões

No Nordeste, o Ceará figura na terceira posição em força de consumo, atrás da Bahia e também de Pernambuco
Municiado por um maior poderio econômico adquirido pela Classe C, o potencial de consumo da população cearense deve saltar 10% entre 2010 e 2011, passando de R$ 63,1 bilhões para a marca de R$ 69,3 bilhões. A projeção deixa o Estado na terceira posição do Nordeste, abaixo da Bahia, cujo poder de compra chega a R$ 120 bilhões nesse ano, e de Pernambuco (R$ 81,2 bilhões). No ranking nacional, liderado por São Paulo (R$ 719 bilhões), a capacidade consumidora do Ceará é a décima maior, representando 2,8% da fatia brasileira. Os dados pertencem ao levantamento anual IPC Maps, realizado pela empresa especializada IPC Marketing Editora, desde 1980. O estudo contempla informações sobre o mercado consumidor de 5.565 municípios.

Massa salarial em alta
De acordo com o vice-presidente da Federação do Comércio (Fecomércio-CE), Ranieri Leitão, são preponderantes para esse cenário a confiança do consumidor no atual momento político e a queda nas taxas de desemprego. Além disso, enumera, há o "notório aumento da massa salarial do brasileiro". Fortaleza desacelera

Em trajetória oposta à do Estado, Fortaleza apresentou pequena desaceleração, recuando de R$ 30,3 bilhões, no ano passado, para R$ 29,9 bilhões em 2011, o que representa queda de 1,3%. Apesar do decréscimo, a Cidade ocupa o oitavo lugar na lista das capitais brasileiras e o segundo melhor posto do Nordeste, sendo superada apenas por Salvador (R$ 38,2 bilhões).

A retração apresentada por Fortaleza, em contraste com o avanço anotado no resto do Estado, evidencia a evolução do potencial de consumo do Interior. Conforme Ranieri Leitão, grandes localidades como Cariri e Sobral estão recebendo uma quantidade cada vez maior de indústrias e empreendimentos, fato que, segundo ele, traz um elevado fluxo de negócios, gerando empregos e "prendendo" a população no Interior.

"A tendência é de haver essa descentralização entre Região Metropolitana e outros municípios, o que é bom para a atividade econômica de todo o Estado", analisa. Conforme o representante da Fecomércio, a inflação, que tem atingido níveis alarmantes, é um fator preocupante para as vendas. "Outra coisa que pode atrapalhar são os juros. E os prazos também estão menos elásticos. Isso pode deixar o consumidor um pouco mais cauteloso", prevê.

R$ 2,5 trilhões no País
De acordo com a projeção do IPC, o consumo total no Brasil deve atingir o patamar de R$ 2,5 trilhões neste ano, devendo assinalar crescimento superior a R$ 250 bilhões em relação ao índice do ano passado, de cerca de R$ 2,2 trilhões.

Apesar de ter sido a única a ter perda de participação no consumo, a região Sudeste detém a ponta, com uma participação de 52,2% em 2011. Sul e Centro-Oeste que mais aumentaram suas presenças - o Sul fica com 16,6% (contra os 16,5, em 2010) e o Centro-Oeste marca 7,9% ante os 7,7% apresentados no ano passado. A região Norte deve participar com 5,4% (em 2010, marcava 5,3%).

No ranking do IPC Maps, a região Nordeste continua na segunda posição, a frente da região Sul e atrás da região Sudeste, tradicionalmente a primeira colocada neste ranking.

FATIA RELEVANTEClasse C será responsável por 27% dos gastos
O levantamento consolida a Classe C como um dos mais importantes motores da economia nacional. Dividindo o estrato social em C1 (renda de até R$ 1.650) e C2 (até R$ 1.100), o estudo afirma que a classe C vai absorver um valor próximo de R$ 690 bilhões do consumo nacional, elevando o seu poder de compra em cerca de 19% no comparativo com 2010, quando essa cifra era estimada em R$ 579,7 bilhões.

A classe média (que engloba B2, C1 e C2) registrou avanço de 20%, superando a cifra de R$ 1 trilhão de consumo, puxada pelas classes B2 (com R$ 592,5 bilhões), que tem renda de até R$ 2.759, e C1 (cerca de R$ 440,4 bilhões). O poder de compra da classe média corresponde a 44,3% do total previsto para o País em 2011, fatia superior à demanda do ano passado, quando a participação foi de 41,4%. Já as classes A1 (renda de R$ 13.100), A2 (renda R$ 9.100) e B1 (R$ 4.900), topo da pirâmide social, deverão gastar aproximadamente R$ 929,4 bilhões (39,9%).

Maiores municípios
Os 50 maiores municípios brasileiros responderão por 44% do consumo nacional, em 2011. No ano passado, estes municípios eram responsáveis por 45,8%. No topo do ranking, os oito principais mercados perderam participação no potencial de consumo entre 2010 e 2011.

Conforme o IPC Maps, os principais gastos do brasileiro serão destinados à manutenção do lar - que incorporam despesas com aluguéis, impostos e taxas de luz, água e gás - segmento para o qual serão direcionados 26,4% do consumo do País.

Os alimentos e bebidas ocupam o segundo posto, absorvendo 17,1% das despesas.

Higiene e Saúde (8%), transportes (7,5%) e vestuário e calçados (4,75) completam o pódio para onde vai o dinheiro da população.

VICTOR XIMENESREPÓRTER
 
 
FONTE DIARIO DO NORDESTE

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